segunda-feira

Mais uma peça (pequena mensagem de Ano-Novo)


A Vida é um Quebra-cabeças. Uma pergunta com infinitas respostas. Uma sinfonia que possui vários meios de continuar, ou terminar. E um ano é apenas um segundo dentro do ciclo interminável do Relógio. E a gente se pergunta: "Por que estamos aqui?" Se estamos aqui, é para alguma coisa. Tão pequenos somos, e podemos ser tantas coisas nesse pequeno instante.

A Vida não começa nem termina: passa. Morte, não há. Tolstói morreu, mas o que ele fez, não. Ele está morto?

Um ano que passa e um ano que vem, é um passo dentro de uma grande dança, um movimento de uma sonata, uma peça no Quebra-cabeças, um capítulo de romance, um amor perdido... Pode ser também apenas um papel amassado no lixo, um lápis quebrado. Bom ou ruim, nele aprendemos alguma coisa. Aprendizado. E nada nunca está totalmente feito. Tudo é integrado ao Espaço Infinito. Nada é em vão. Se existe Deus, nada é em vão. Feliz 2008 a todos e todas.

Lá em cima, Yellow-Red-Blue (1925), de Kandinsky, artista que sabia tudo o que eu falei. (E o que eu sei?)

Saiba sobre Kandinsky

terça-feira

A Nona sinfonia de B e e t h o v e n

b e e t h o v e n
(1770-1827)


A Nona sinfonia, obra de música erudita inscrita no período romântico, foi a última dentre aquelas compostas por Ludwig van Beethoven. Foi apresentada pela primeira vez em 7 de maio de 1824, no Kärntnertortheater, em Viena, na Áustria. O regente foi Michael Umlauf, diretor musical do teatro, e Beethoven - dissuadido da regência pelo estado implacável de sua surdez - teve direito a um lugar especial junto ao maestro. Esta foi a primeira sinfonia na história a utilizar a voz humana, que figura no quarto movimento, com um coro e quatro solistas, sobre a poesia, modificada por Beethoven, do original de Friedrich Schiller "Ode an die Freude" (Ode à Alegria). Este movimento, assim como uma versão modificada do poema de Schiller, foi escolhido como Hino da União Européia, pela síntese que faz de ideais clássicos ligados ao Humanismo, à Fraternidade, à Liberdade e à Igualdade. A Nona sinfonia, opus 125, é provavelmente a mais conhecida e popular obra da música erudita européia, sendo possível encontrar referências diretas e indiretas a ela em diversas manifestações da cultura pop (um exemplo famoso é o papel importante que possui no desenvolvimento da trama de Laranja mecânica, um romance de Anthony Burgess e um filme homônimo de Stanley Kubrick). O tema principal do quarto movimento comumente é reconhecido por muitas pessoas que desconhecem a obra de Beethoven, ou mesmo não sabem que se trata de uma sinfonia, pelo fato de terem-na ouvido em situações diversas. Pela notoriedade que possui, é muito comum ouvir pessoas referindo-se a ela simplesmente como "a Nona", de forma que a omissão do nome do autor não impede o interlocutor de saber a que se refere. Ela é executada hoje exatamente como foi definida por Beethoven, graças a introdução do metrônomo. Fonte


Pascal: a contradição de ser humano.


Pensar, pensar, pensar... Para que tudo isso? Por que o homem não se conforma com a sua própria contradição? Por que vive sempre a buscar mais e mais aquilo que não conhece? Pascal foi um dos que descobriu isso tudo. Foi apenas mais um que soube que o ser humano está perdido. Mas sabia que há esperança, e que o homem pode colocar sua fé em tudo o que faz. Isso é o que nos salva, meus amigos.

Saiba mais sobre Blaise Pascal

segunda-feira

Franz Liszt (1811-1886)

22 de 1811. Nascimento do compositor húngaro Ferenc Liszt (1811-1886), em Raiding, na Húngria. Será conhecido pela tradução alemã do seu nome - Franz Liszt.

Contam que certa vez, durante uma recepção em um palácio, o chapéu de Liszt caiu, rolando escada abaixo. Uma princesa russa, aproximando-se de Lizst, exclamou: "Oh, seu chapeu caiu, senhor!". Ele respondeu: "Deixe! Por causa de seu encanto já perdi a cabeça, de modo que o chapéu não me serve mais". Assim era Liszt. Amado pelas mulheres, admirado pelos homens, Franz - ou Ferenc, em húngaro - nasceu a 22 de outubro de 1811, em Haiding, na Hungria. Seu pai era administrador da famosa família Esterházy, para que o músico Joseph Haydn trabalhou toda sua vida. Seu talento precoce ao piano surpreendeu a nobreza local. Ao tentar entrar para o conservatório de Paris, foi impedido pelo diretor "por ser estrangeiro". O diretor era o italiano (?) Luigi Cherubinni... Sem se abater, estuda com professores particulares. Festejado como virtuose, foi para Viena, a fim de aperfeiçoar seus conhecimentos. Estudou com Antonio Salieri e Carl Czerny, este último, por sua vez, aluno de Beethoven...Continua aqui

sábado

Frédéric Chopin (ler mais)


Frédéric Chopin, forma afrancesada do nome Fryderyk Franciszek Chopin, em polonês, nasceu em Żelazowa Wola, Polônia, 1 de Março de 1810 — Paris, 17 de outubro de 1849) foi um dos maiores compositores para piano e o mais conhecido compositor polaco. Filho do professor francês Nicolas Chopin, que dava aulas de língua e literatura francesa, e da polaca Justyna Krzyzanowska, que tocava o piano.

Iniciou aulas de piano aos seus sete anos com o professor Wojciech Żywny e nesta altura compôs suas primeiras Polonaises. O primeiro concerto público deu-se no ano de 1818, tendo apenas 8 anos de idade na época.

Estudou musica no Conservatório de Varsóvia e durante este período, tornou-se ativo participante da vida musical de Varsóvia. Assistiu aos concertos de Paganini bem como a óperas no Teatro Nacional de Varsóvia (Don Giovanni, Barbeiro de Sevilla), e compôs as Variações em Si bemol Maior sobre um motivo da ópera Don Giovanni e uma série de Rondós baseados em motivos lúdicos.

Deixou a Polônia no dia 2 de Novembro de 1830 e seguiu para Paris com vinte e um anos de idade e nunca regressou.

Chopin dedicou toda sua obra ao piano, com exceção de uma ou duas peças para violoncelo, um trio de câmara, os dois concertos para piano e algumas canções. Assim, seu nome ficou internacionalmente ligado ao do instrumento, de forma que é impossível fazer uma história da música para piano sem Fryderyk Chopin (chopén).

A música de Chopin tem na maioridade suas origens no folclore polonês. Este facto não era compatível com o ambiente político na Polônia, que estava na altura e durante cerca de 100 anos sobre ocupação do Czar da Russia. (ler mais)


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domingo

CECÍLIA MEIRELLES


Simples. Fugaz. Leve. Densa. Libertária.Diz tantas coisas que nós não percebemos, mas vemos o tempo todo. Poetisa da liberdade. Cecília foi (é) figura importante da nossa literatura e da nossa história. Mulher, pássaro, luz, música... Ficará para sempre entre nós, onde quer que estejamos.

Motivo


Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.

Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.

Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou se desfaço,
- Não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.

Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada.

VIVA SÃO JOÃO!


É São João, minha gente! Celebremos nossa cultura! Precisamos de alegria espontânea e criatividade em tempos tão tormentosos na política brasileira. Precisamos reagir contra tanta desgraça, expressar nossa indignação contra tanta roubalheira. Entretanto, isso torna-se um desafio com tanta massificação cultural, inclusive a massificação da nossa própria cultura, estimulada por políticas culturais muito criteriosas.

É isso, nós produzimos parte do lixo que consumimos a partir da nossa própria cultura. Vocês sabem de que eu estou falando. Empresários formando certos grupos musicais que dizem ser da nossa terra, quando são apenas instrumento de lucro e "burrificação" de um povo, antes tão criativo. Um povo que usava do Mamulengo, do Bumba-meu-Boi etc., para mostrar sua visão crítica, agora se cala e se alegra com as pseudo-bandas de forró. Até mulequinho de 9 anos já sabe de cor as poéticas letras que falam, entre outras coisas, de cachaça, prostituição, etc.

Temos uma cultura vasta, rica, poética; valorizemo-na, minha gente!

sábado

BACH: UM DOS MEUS MESTRES ILUSTRES

A sua música é a alma da música. Pra mim, o melhor. Pouco conheço. Toco uma música sua no violão. Mas sinto, a cada vez que ouço, a Música, isso mesmo, com letra maiúscula. A Música Bach conheceu como poucos. (entre estes, Mozart, Schumman, Vivaldi etc.) Sou ainda um bebê em música, mas reconheço em Bach um mestre. Essa é a minha humilde opinião.

JOÃO CABRAL: ENGENHEIRO DA POESIA


A Vida e apenas a Vida. Sem enfeites supérfluos. Sem lirismo. Sem excessos. João Cabral de Melo Neto traduziu em poesia a engenharia daquilo que vive, e choca com o que vive. João detestava qualquer lirismo supérfluo e gorduroso. Daí a limpeza e a claridade da sua obra. O rigor, a depuração da linguagem. Anos para escrever um poema. É um poeta verdadeiro. A Vida triunfou sobre a Morte.

sexta-feira

O GIGANTE RUSSO LEÓN TOLSTÓI


León Tolstói é um daqueles escritores que a gente leva uma vida inteira pra conhecer. Autor de obras-primas da Literatura, como Ana Karênina e Guerra e Paz, traz-nos pontos humanos a serem discutidos, julgados, interpretados por nós. Desconstrói seus personagens por inteiro para nos vermos (ou não) dentro deles, percebamos isso ou não. Cultuado, traduzido, estudado, enfim, lido em todo o mundo, marcou sua presença na eternidade da palavra.

quinta-feira

JORGE DE LIMA: POETA DA TERRA E DO TODO

Conheci Jorge de Lima através de livros didáticos. Isso de uns 6 meses pra cá. Quando peguei um livro dele pra ler, senti um tal sopro de misticismo que fiquei impressionado. (Sou ainda leitor verde de poesia) Penso a sua poesia como uma das melhores já escritas, e tenho o orgulho de dizer a vocês que ele é alagoano, nordestino nosso irmão. Apesar de não conhecer toda a sua obra, li poemas de suas diferentes fases, e vi que não só misticismo, mas também a sua terra, o seu povo e suas tradições. Foi menino de engenho, médico, letrado, místico. Muito amigo de Gilberto Freyre e Murilo Mendes. Grande. Enorme. Salve.

quarta-feira

Kafka

Acabei de ler "O Castelo", de Franz Kafka. É um livro difícil, árduo, mas te prende de tal forma ao enredo que você faz de tudo pra acabar. Ao fim vem um misto de alívio e frustração, pois o livro termina no meio de uma frase. Como disse o escritor argentino Jorge Luís Borges, os livros de Kafka nunca têm um final, pois é impossível terminá-los. A história de K. (o protagonista do romance) é cheia de coisas sem nexo usadas pelo autor como ironia do absurdo do nosso cotidiano: as repartições públicas, prefeituras, etc. Leia "O Castelo" e entenda o que eu digo. Para saber mais:
Texto de Jorge Luís Borges sobre Kafka

quinta-feira

Antônio Maria


"Às vezes, me sinto muito só. Sem ontem e sem amanhã. Não adianta que haja pessoas em volta de mim. Mesmo as mais queridas. Só se está só ou acompanhado, dentro de si mesmo. Estou muito só hoje. Duas ou três lembranças que me fizeram companhia, desde segunda-feira, eu já gastei. Não creio que, amanhã, aconteça alguma coisa de melhor." (O diário de Antônio Maria)

Antônio Maria
Araújo de Morais nasceu no Recife, em 17 de março de 1921, filho de Inocêncio Ferreira de Morais e Diva Araújo de Morais. Junto com os irmãos Rodolfo, Maria das Dores, Consuelo, e inúmeros primos, teve uma infância feliz, conforme se depreende de suas crônicas sobre os bons momentos desfrutados, nessa época, em sua terra natal. Nelas nos conta sobre a mãe carinhosa, os tempos de colégio, as aulas de música, as lições de francês, os mergulhos no rio e os "banhos salgados", as férias na usina Cachoeira Lisa, deixada por seu avô materno, Rodolfo Araújo. Continua...

terça-feira

PASSEI NO VESTIBULAR!!!


Estou feliz e quero dividir isso por aqui com meus amigos. Passei no vestibular de Licenciatura em Música na UFPE. Saiu o resultado hoje e, finalmente, consegui realizar mais esta etapa.