sábado

JOÃO CABRAL: ENGENHEIRO DA POESIA


A Vida e apenas a Vida. Sem enfeites supérfluos. Sem lirismo. Sem excessos. João Cabral de Melo Neto traduziu em poesia a engenharia daquilo que vive, e choca com o que vive. João detestava qualquer lirismo supérfluo e gorduroso. Daí a limpeza e a claridade da sua obra. O rigor, a depuração da linguagem. Anos para escrever um poema. É um poeta verdadeiro. A Vida triunfou sobre a Morte.

sexta-feira

O GIGANTE RUSSO LEÓN TOLSTÓI


León Tolstói é um daqueles escritores que a gente leva uma vida inteira pra conhecer. Autor de obras-primas da Literatura, como Ana Karênina e Guerra e Paz, traz-nos pontos humanos a serem discutidos, julgados, interpretados por nós. Desconstrói seus personagens por inteiro para nos vermos (ou não) dentro deles, percebamos isso ou não. Cultuado, traduzido, estudado, enfim, lido em todo o mundo, marcou sua presença na eternidade da palavra.

quinta-feira

JORGE DE LIMA: POETA DA TERRA E DO TODO

Conheci Jorge de Lima através de livros didáticos. Isso de uns 6 meses pra cá. Quando peguei um livro dele pra ler, senti um tal sopro de misticismo que fiquei impressionado. (Sou ainda leitor verde de poesia) Penso a sua poesia como uma das melhores já escritas, e tenho o orgulho de dizer a vocês que ele é alagoano, nordestino nosso irmão. Apesar de não conhecer toda a sua obra, li poemas de suas diferentes fases, e vi que não só misticismo, mas também a sua terra, o seu povo e suas tradições. Foi menino de engenho, médico, letrado, místico. Muito amigo de Gilberto Freyre e Murilo Mendes. Grande. Enorme. Salve.

quarta-feira

Kafka

Acabei de ler "O Castelo", de Franz Kafka. É um livro difícil, árduo, mas te prende de tal forma ao enredo que você faz de tudo pra acabar. Ao fim vem um misto de alívio e frustração, pois o livro termina no meio de uma frase. Como disse o escritor argentino Jorge Luís Borges, os livros de Kafka nunca têm um final, pois é impossível terminá-los. A história de K. (o protagonista do romance) é cheia de coisas sem nexo usadas pelo autor como ironia do absurdo do nosso cotidiano: as repartições públicas, prefeituras, etc. Leia "O Castelo" e entenda o que eu digo. Para saber mais:
Texto de Jorge Luís Borges sobre Kafka