segunda-feira


Banda Sinfônica comemora o Dia da Música com todo ecletismo

Canção de Milton Nascimento, coletânea de obras de big bands, sucessos da Broadway, frevo-de-rua e trilha sonora de filme famoso estão no repertório do concerto desta segunda-feira (24/11), no Teatro do Parque, com entrada franca. No final da apresentação, serão sorteados mais 25 exemplares do primeiro CD da Banda

Começar a semana ouvindo obras musicais de qualidade, interpretadas por músicos consagrados, em uma área central da cidade e sem precisar pagar um centavo sequer. É essa oportunidade que a Banda Sinfônica da Cidade do Recife proporciona ao público recifense, nesta segunda-feira 24 de novembro, quando realiza, às 20h, no Teatro do Parque, o IX Concerto Oficial – Temporada 2008.

Com regência do maestro Nenéu Liberalquino, o concerto homenageia o Dia Internacional da Música, comemorado em 22 de novembro. A data foi escolhida por ser também o Dia de Santa Cecília, considerada a padroeira da música e dos músicos. De acordo com a tradição, a santa transmitia tanta doçura ao cantar que, certa vez, um anjo desceu do céu só para ouvi-la.

Marcado pelo ecletismo, o repertório do concerto incursiona por vários gêneros, exemplificando diversas formas de expressões musicais. A primeira obra da noite é Cravo e Canela, de Milton Nascimento e Ronaldo Bastos. Em seguida, será executada uma coletânea de música de famosos grupos instrumentais norte-americanos, intitulada Big Band Favorites, de vários autores.

O concerto segue com Caravan, de Duke Ellington, Juan Tizol e Irving Mills, e uma seleção de obras de grande sucesso em teatros dos Estados Unidos, batizada Broadway’s Best. Dela fazem parte as seguintes composições: The Phanton of the Opera, de Andrew Lloyd Weber; I Dreamed A Dream, de Claude-Michel Schönberg; The Old Gumbie Cat, de Andrew Lloyd Weber e Sun and Moon, de Claude-Michel Schönberg.

As outras obras do concerto são: Cambaleando, de Marcos Diniz, frevo-de-rua vencedor da mais recente edição do Concurso de Música Carnavalesca Pernambucana; Vozes do Agreste, de Villani-Côrtes; e Parque dos Dinossauros, de John Williams.

No final da apresentação, serão sorteados mais 25 exemplares do primeiro CD da Banda Sinfônica, lançado no dia 7 de outubro, quando o grupo comemorou os 50 anos de sua fundação.

Tradicionalmente realizado na última quarta-feira do mês, o concerto da Banda Sinfônica em novembro foi antecipado devido ao Festival de Teatro, que terá peças encenadas no Teatro do Parque.

ENTRADA FRANCA

Maiores Informações:
http://www.neneuliberalquino.com/

sábado

MAURICE RAVEL

Ravel, por Henri Manguin

"A obra de Ravel está ao abrigo dos anos e dos séculos, na medida em que escapa aos modismos e se submete a normas formais implacáveis. Como Fedra e a colunata do Louvre, as grandes obras de Ravel desafiam o tempo. Elas são de um material sólido e construídas dentro das regras. E, se pertencem a todas as épocas, é, talvez, porque souberam exprimir totalmente o seu próprio tempo."

Pierre Petit
Ouça as músicas de Ravel:

Bolero - parte 1, parte 2
La Valse
Rapsodie Espagnole
Le Tombeau de Couperin

Clique aqui para saber mais sobre Ravel

E se música fosse HQ?

Surgida há praticamente dois anos, a editora virtual Mojo Books tem uma proposta diferente e bacana: transformar músicas ou álbuns em livros. O slogan é: "Se música fosse literatura, que história contaria?" Já existem 66 livros disponíveis para download gratuito, todos no formato de um CD, caso o leitor tenha interesse em imprimi-los. Mas a idéia é ler na tela mesmo. Por isso, títulos como "Ok Computer" (Radiohead), escrito por Rafael Castro; "Back to black" (Amy Winehouse), por Fernanda Nascimento; e "Transa" (Caetano Veloso), por Herculano Neto e Vanessa Rodrigues, têm, em média, 30 páginas, para não cansar o leitor. Todos os Mojos Books são signatários do Creative Commons e qualquer pessoa pode mandar o seu, só precisa ser baseado em CD que ainda não tenha sido transformado em livro.

A idéia é tão boa que não poderia faltar HQ nesta história. E a primeira acaba de ser lançada pela Mojo Books. O título é "Bela Lugosi's dead", o clássico do Bauhaus. A adaptação foi feita pelo roteirista Leo Martinelli e pelo ilustrador Raphael Salimena. O estilo gótico da banda inglesa está lá, em cada quadrinho, mas com muito bom humor e, além do ator Bela Lugosi como personagem, um outro que também interpretou o Conde Drácula no cinema: Christopher Lee. Além de "Bela Lugosi's dead", há uma Mojo Comix de número zero disponível - como todo o resto - para download no site: "Strawberry fields forever" (The Beatles), com texto de Dennis Anderson e arte de Jean Okada. Experimente ler qualquer um deles ouvindo o álbum correspondente.

Fonte:http://oglobo.globo.com/blogs/Gibizada/

quinta-feira

Música e Literatura

Saudações! Por estes tempos estou embrenhado na leitura de clássicos da Literatura. Aí vocês perguntam: "Ué, mas você não é músico?" Acontece, gente, que a Música e a Literatura não estão tão longe assim. Bem, mas se eu for justificar aqui, vou acabar escrevendo uma tese sobre a relação entre Música e Literatura (o que, aliás, o nosso Mário de Andrade defendeu muito bem). De qualquer modo, digo que estou tirando muito proveito dos conhecimentos adquiridos. (Esse é um ponto fundamental) Independente de preconceitos, acho que nós devemos encarar todos os tipos de arte como complementares uns dos outros, formando assim um todo que acaba por definir o que é o ser humano. Prestem atenção: a Literatura ajuda a aguçar a nossa sensibilidade, e até a ver o mundo de outro jeito. A Literatura, longe de ser uma arte esquizofrênica, tem uma função social muito importante (lembrem do Castro Alves e a campanha abolicionista...) Essa estória de separar Música e Literatura como inimigos é coisa de gente que só é sensível a dinheiro. Bem, espero ter dado um bom recado. Procurem perceber a harmonia das palavras da Língua Portuguesa...

terça-feira

A prosa seca de Graciliano Ramos

Graciliano Ramos, um dos mais importantes escritores da nossa literatura. Escrita seca, áspera, agressiva. Seus romances, não muito longos. Fazia na prosa algo que João Cabral de Melo Neto fazia na poesia: tinha a rara habilidade de expressar muita coisa com poucas palavras. Há uma constante busca do significado da alma e do pensamento humanos. Nas suas narrativas, existe uma tensão crescente entre os personagens. A visão negativista do autor transforma as pessoas em bichos. Em Vidas secas, talvez a única criação em que o autor demonstra alguma compaixão humana, o personagem mais humano, na minha opinião, é justamente a cachorra Baleia. Na obra do escritor alagoano, há também espaço para críticas sociais, como no já citado Vidas secas e principalmente em Memórias do cárcere. Neste há duras críticas à política brasileira, críticas que ainda são atuais. Naquele está presente a denúncia da situação cruel pela qual passam os retirantes da seca do sertão nordestino - o que aliás, passados quase 70 anos do romance, ainda não mudou. Enfim, há dezenas de coisas na densa obra de Graciliano Ramos, que se eu fosse falar aqui não ia ter espaço. Leiamos seus livros:

Angústia
Vidas secas
São Bernardo
Memórias do Cárcere
entre outros...

Site oficial de Graciliano Ramos: www.graciliano.com.br

domingo

Banda de Pífanos de Caruaru

A Banda de Pífanos é massa. É terra de engenho de cana-de-açúcar. É terra de sertão brabo.É moura, índia, portuguesa. É o som cru e seco do dia-a-dia do povo. Sensibilidade rústica. Hércules-Quasímodo. Minúscula e enorme. Deus e o Diabo. É identidade, carteira de motorista, título de eleitor, CPF. É Pernambuco e é Brasil.

terça-feira

Noite de S. João, de Jorge de Lima (Poemas, 1927)


Vamos ver quem é que sabe
soltar fogos de S. João?
Foguetes, bombas, chuvinhas,
chios, chuveiros, chiando,
chiando,
chovendo
chuvas de fogo!
Chá - Bum!

O delegado proibiu bombas, foguetes, busca-pés.

Chamalotes checoslovacos
enchem o chão
de chamas rubras.
Chagas de enxofre chinesas
chiam,
choram,
cheiram,
numa chuva de chispas
chispas de todos os tons,
listas de todas as cores
e no fim
sempre um
Tchi - Bum!

Fogueira! Fogueira!
A menina bonita
saltou a fogueira
de meus olhos
Meus olhos ficaram
cheios de fumaça de sonho!


Trecho do poema Noite de S. João, de Jorge de Lima (Poemas, 1927)

quarta-feira

Festival inédito reúne gerações de guitarristas em SP

SÃO PAULO - Um encontro de diversas gerações de guitarristas vai agitar o bar Ao Vivo Music, em São Paulo, de hoje até sábado. O local abriga o 1º Festival História da Guitarra, que reunirá brasileiros consagrados no instrumento, como Heraldo do Monte, Hélio Delmiro, Faíska, Michel Leme e Olmir Stocker. O idealizador do evento é o guitarrista Marcelo Jesuíno, diretor artístico da casa. "Percebi que alguns nomes que iniciaram a história da guitarra no Brasil ainda estão vivos e mereciam ser homenageados. Conversei com um amigo meu e resolvemos uni-los aos músicos de hoje. É um encontro de gerações da guitarra", explica Jesuíno.

Serão dois shows por noite, sempre às 21h. O primeiro a se apresentar é o violonista, guitarrista, arranjador e compositor Conrado Paulino, que já acompanhou artistas como Rosa Passos, Alaíde Costa, Johnny Alf, Zimbo Trio e Paulinho Nogueira. A outra atração fica a cargo de Olmir Stocker. O multiinstrumentista, conhecido como Alemão, começou a trabalhar com a turma da Jovem Guarda. Depois juntou-se ao saxofonista Casé e a Hermeto Pascoal na banda Brasilian Octopus.

Amanhã, quem abre o evento é Duca Belintani. Há 23 anos atuando como músico e professor, acabou de lançar o disco solo Conduzir, em que mistura jazz, blues, samba e rock. Depois, é a vez do guitarrista Faíska, que toca desde os 17 anos e já acompanhou gente de alto calibre como Fagner, Ney Matogrosso e Rita Lee. Na sexta-feira, Michel Leme faz a abertura. Na mesma noite, Heraldo do Monte mostra o seu som. A ''lenda'' nacional da guitarra tocou ao lado de Walter Wanderley, Dick Farney e Dolores Duran, além de integrar a Orquestra da TV Tupi. Gravou também com Elis Regina, Quinteto Violado, Zimbo Trio, entre outros.

Para fechar o festival, Edu Letti faz a abertura do show de Hélio Delmiro. Com 42 anos de carreira, Delmiro é um dos músicos mais requisitados pelos principais nomes da MPB. Já tocou em diversos festivais de jazz na Europa, o que resultou no convite para gravar com Sarah Vaughan o disco Som Brasileiro. Ainda participou de shows e discos de Milton Nascimento, Beto Guedes e Wagner Tiso. Apresenta standards do jazz e temas de Tom Jobim. As informações são do Jornal da Tarde

Informações: (011) 5052-0072 ou
www.aovivomusic.com.br
AE - Agencia Estado